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A relação entre o brincar e o desenvolvimento das habilidades comunicativas

POSTADO POR META | 05/08/2021

Brincadeira é assunto sério

Por que as crianças brincam? Vamos pensar sobre isso?

Quando observamos crianças brincando em um parque, talvez não tenhamos noção das habilidades que estão sendo trabalhadas nesses atos aparentemente simples. Olhando mais atentamente, conseguiremos vislumbrar nessas interações expressões de alegria, prazer, empatia, outras vezes raiva ou frustração, assim como muita atividade motora e intensa comunicação oral. Essas expressões comportamentais estão relacionadas ao desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional.

O brincar é um poderoso exercício para o aprendizado e desenvolvimento infantil. A criança quando brinca, por exemplo, imitando um adulto, ela está, através desse jogo, conhecendo e antecipando os comportamentos esperados para o seu desenvolvimento posterior. Ao iniciar uma brincadeira, ela traz, através de situações imaginárias, conteúdos capazes de elaborar situações da vida real em que habilidades socioemocionais são desenvolvidas e aprimoradas.

A brincadeira simbólica ou faz-de-conta permite o autoconhecimento e a possibilidade da criança transitar em diversos mundos, assimilando a própria cultura, a linguagem e o funcionamento familiar.

Existe um conjunto de habilidades, chamado de funções executivas, que é de extrema importância para a adaptação social, emocional e afetiva do indivíduo. À medida que a criança interage na brincadeira se faz necessário planejar o tipo de brincadeira, quais objetos serão utilizados, o papel de cada integrante; aprender a flexibilizar as regras, quando necessário, dando voz aos participantes e sendo menos impositivo, sempre negociando; tolerar as frustações ao perder o jogo, ao ser ?voto vencido?, ou não ser o líder; controlar o impulso de humilhar ou agredir fisicamente o companheiro quando esse não corresponde ao que se espera dele no momento. Todas essas funções são exercitadas, desenvolvidas e aprimoradas durante a brincadeira.

Permeando toda essa atividade, está a linguagem cujo desenvolvimento depende significativamente das trocas comunicativas. Através da brincadeira a criança adquire e amplia o vocabulário e a gramática, aprende a responder e argumentar de modo mais efetivo, organizar o pensamento para se fazer entender, perceber as sutilezas da língua como, por exemplo, a ironia e o sarcasmo.

Pelo exposto, podemos facilmente entender que a interação efetiva e dinâmica com o outro e com os objetos é o que impulsiona o desenvolvimento das habilidades, a aquisição e a consolidação de aprendizagens necessárias para que a criança se torne mais competente socialmente, emocionalmente e cognitivamente.

Devemos lembrar que a relação da criança com os eletrônicos acontece de forma predominantemente passiva, em que não há uma interação de comunicação dinâmica de fato, exigindo apenas respostas de acordo com os estímulos proporcionados pelas telas, portanto, não contribui para a aquisição de comportamentos esperados para um indivíduo cada vez mais competente e integrado, de modo saudável, em seu meio social.

Para que a criança conquiste um nível mais complexo, aumentando seu aprendizado, com ganhos na área social, cognitiva e de linguagem, cabe ao adulto limitar o uso de eletrônicos, proporcionar momentos de interação com outras crianças e ofertar brinquedos tradicionais como bola, boneca, miniaturas, jogos de tabuleiro, peteca, corda, bicicleta, entre outros.

Equipe Meta

Imagem: Criança foto criado por freepik - br.freepik.com

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