Quando a criança ingressa na escola já percorreu um caminho importante em termos de linguagem oral, pois para se comunicar de modo efetivo foi gradativamente se apropriando de diversas regras gramaticais, sem estar consciente desse processo. Nesse momento, podemos dizer que está apta ao aprendizado, pois domina o sistema linguístico na modalidade oral. No entanto, para o processo de aprendizagem escolar e para o ato da escrita, são necessárias várias outras competências, entre elas, a habilidade motora ligada à caligrafia, o uso da pontuação, a seleção e organização das ideias, a adequação do texto ao público e o uso da ortografia.

Dentre todas as competências citadas acima, de agora em diante, vamos nos ater sobre a importância da grafia correta das palavras.

A ortografia tem relação com a necessidade social de se fazer entender pela escrita, estabelecendo as regras que permitem a unificação das formas de falar com o escrever.

Não se pode escrever sem o cuidado com a ortografia, pois a atenção com a grafia das palavras de um texto escrito pode motivar ou desmotivar o leitor para prosseguir na leitura e dar credibilidade ou descrédito para o que está sendo informado.

Mas como se dá o aprendizado da ortografia das palavras e das regras que regem a língua escrita?

Através do ensino formal das regras ortográficas e do contato frequente com as palavras, trazendo a memorização da grafia correta. Trata-se de um processo constante, com início nos primeiros anos escolares.

Nesse período, a aquisição da leitura acontece em paralelo, pois se tratam de processos interdependentes. Inicialmente, no estágio logográfico, a criança reconhece palavras pelo contexto em que aparecem, através de suas cores e formas como, por exemplo, marcas de produtos e lojas. Em seguida, inicia o estágio alfabético em que começa a escrever como uma transcrição dos sons da fala. Por fim, ela atinge o estágio ortográfico em que realiza o reconhecimento visual de palavras que foram se armazenando, formando a memória dessas palavras. A partir daí, terá a capacidade de ler e escrever palavras novas e irregulares, pois tem o domínio de todas as estratégias que foram se desenvolvendo nessas etapas.

Ao professor, cabe despertar o interesse da criança pela ortografia correta através do ensino das regras, da correção sistemática da escrita e da percepção de que a troca ou omissão de um grafema pode produzir uma palavra de significado semântico diferente ou até mesmo uma palavra inexistente.

Vale lembrar que, conforme já discutido anteriormente, o ato de escrever através da letra cursiva potencializa a memorização visual das palavras escritas e quando os erros não são corrigidos a criança, muito provavelmente, fará uma memória equivocada dessas palavras.

A correção constante com os devidos apontamentos para a forma correta da grafia, principalmente nos primeiros anos escolares, é fundamental para que a criança possa ter um maior domínio acerca desse conhecimento.

Equipe Meta

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